Cruel armadura
Grande ser, parte do meu inteiro e superior ser.
Compartilhar deste teu tilintar de luz e vida,
deixou-me vulnerável e ferido.
Por está tua indestrutível armadura.
Não são mais os teus desejos acorrentados que me torturam.
Mas a tua essência nua e crua,
diluída de forma lenta em tudo que vivemos,
sangrando doloridamente em meu peito.
A imensurável subordinação que agora tenho,
É conseqüência da frenética procura dos meus lábios pelos teus.
E das minhas mãos pelas tuas.
Maravilhosos encontros traçados em meio
a tantos caminhos percorridos e beijos selados,
Perdem-se na construção deste grande labirinto.
Com paredes de emoção e previsão,
de partilha e solidão.
Pois a graça e magnitude de sentir as palavras
que aprisionavam de forma divina o meu ao teu ser,
agora são sufocadas por essa liberdade indesejada.
Viver essa realidade é como desejar não acordar,
Dos teus braços e lábios, ainda tão próximos
que aquecem e tocam os meus sonhos.
Não existem mais frestas,
Pois tuas mãos vedam os teus e meus olhos.,
E tua boca cala o meu viver,
Que ainda pulsa em teu colo
Na esperança de continuar ser e amar.
20/04/10
Ricardo D`Ávila
Ricardo D`Ávila
Nenhum comentário:
Postar um comentário