quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Amar, existir inteiro e transceder - Transcendente ser
Transcendente ser
Inexpressível fim ou realizável começo!
indagações que cultuadores da vida e da morte.
inserem como necessárias á perpetuação social.
Preces, ritos e lágrimas
não são determinantes da eterna comunidade
Porém o culto e o homem subjugam o ser,
que é primordialmente grande,
pois unifica sem bitolação de tempo e espaço.
Fortalecendo a interminável
vida transcendente.
22/07/85
Ricardo D`Ávila
Amar, existir inteiro e transceder - Todo fome e sede
Todo fome e sede
Não sou depois, sou agora.
Não sou um meio e sim um todo
a conflitar-se com o imprevisto prato.
Repleto de imagens que não me saciam,
pois são efémeras e fantasiosas.
Deglutindo de forma voraz
os que lhe cobiçam.
Decrescendo o ser diante dos precipícios
formados por sua gula aritmética.
Porém, ó brilho final do amanhecer ébrio,
que o trago na boca sedenta
não me reduza ao ridículo de uma mísera fração.
E que a taça fria do eventual
não eferveça o meu sangue para
saciar a fome do belo.
É necessário que a vida seja real,
para que famintos sadios
partilhem do sentir,
degustando cada momento com sabor total.
16/12/84
Ricardo D`Ávila
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Amar, existir inteiro e transceder - Armadura
Armadura
Pasmo diante de um ser superior,
porém acorrentado por seus desejos.
Penalizado por tua imensurável subordinação.
Grito alto para que acordes e vivas,
pois o ar que tu respiras sufoca tua graça e magnitude.
Se achas que a clausura de sentimentos
te fortalecerá para o social, não vives,
enganas com a armadura que te envolve.
Por mais opaca que seja, esta capa,
deixa transparecer por frechas de vontade
a vida que em ti reluz.
Que cintile o livre ser !
07/12/84
Ricardo D`Ávila
Pasmo diante de um ser superior,
porém acorrentado por seus desejos.
Penalizado por tua imensurável subordinação.
Grito alto para que acordes e vivas,
pois o ar que tu respiras sufoca tua graça e magnitude.
Se achas que a clausura de sentimentos
te fortalecerá para o social, não vives,
enganas com a armadura que te envolve.
Por mais opaca que seja, esta capa,
deixa transparecer por frechas de vontade
a vida que em ti reluz.
Que cintile o livre ser !
07/12/84
Ricardo D`Ávila
O homem, a vida e o trabalho - Palco, Luz e cor
Palco, Luz e cor
Ofusca-me este palco iluminado,
de luzes sem ideais,
as cores sem razões
em um frenético ritmo devastador.
Corrompendo o brilho de cada ser,
lançando imagens como letreiros luminosos,
agressivos e alienantes.
Ofuscante também é a nossa passividade,
que se veste de razões incurtidas
para esconder o negro fim social.
É desperante este quadro,
somos regrados por poderosos refletores.
Vivemos de flashs de vida,
ligados eletricamente ao negativismo humano.
Sinto amarelar cada vez mais
a esperança de vida melhor.
Onde está o povo que não entra em cena
com garrar de estrelar ?
Não fechem as cortinas, que a vida continua !
01/12/84
domingo, 19 de setembro de 2010
O homem, a vida e o trabalho - Homem enlatado
Homem enlatado
É pura utopia o bom caráter humano.
beleza que os poetas divulgam
são frutos de sua mente marginal,
incapaz de adaptar-se a sociedade.
Por mais que mostre um tom de vida comum,
a carnificina prevalece.
E a antropofagia é o meio mais eficaz
para o alcance do sucesso.
Só assim será reduzida a comcorrência,
e os teus valores reais.
Causa náuseas tal estado de putrefação humana,
Porém o mercado favorece
o desenvolvimento desta canibalidade.
Resultando em seres enlatados,
dispostos em prateleiras.
Rotulados um a um, por ti homem moderno.
16/11/84
Ricardo D`Ávila
É pura utopia o bom caráter humano.
beleza que os poetas divulgam
são frutos de sua mente marginal,
incapaz de adaptar-se a sociedade.
Por mais que mostre um tom de vida comum,
a carnificina prevalece.
E a antropofagia é o meio mais eficaz
para o alcance do sucesso.
Só assim será reduzida a comcorrência,
e os teus valores reais.
Causa náuseas tal estado de putrefação humana,
Porém o mercado favorece
o desenvolvimento desta canibalidade.
Resultando em seres enlatados,
dispostos em prateleiras.
Rotulados um a um, por ti homem moderno.
16/11/84
Ricardo D`Ávila
O homem, a vida e o trabalho - Solidão operaria
Solidão operaria
Ficas só !
Solidão já te é companheira,
límpida e pura .
Mostra o teu interior,
engrandece a tua dureza
Sobes as paredes
como exímio pedreiro,
pois elas afastam
curiosos olhares para o teu interior
Modelar hoje o realizável,
a partir da silhueta obscura
que te apresentam.
Armando o cimento da estrutura fria do ser,
engrandecendo o universo ao teu redor.
Para que a obra inerte
fale mais alto
que o material do convívio humano.
20/05/84
Ficas só !
Solidão já te é companheira,
límpida e pura .
Mostra o teu interior,
engrandece a tua dureza
Sobes as paredes
como exímio pedreiro,
pois elas afastam
curiosos olhares para o teu interior
Modelar hoje o realizável,
a partir da silhueta obscura
que te apresentam.
Armando o cimento da estrutura fria do ser,
engrandecendo o universo ao teu redor.
Para que a obra inerte
fale mais alto
que o material do convívio humano.
20/05/84
Eu e o social - Camaleão social
Camaleão social
Vagamos muito em busca da definição do ser,
mas a personalidade é algo,
que não encontra justificativa em fatos.
E a cada momento nos ocorre uma metamorfose forçada,
pois a vida exprime realidades,
que vão contra nossos conceitos.
Assim perambulamos maltrapilhos
de razões e ideais,
já corroídos pela sociedade camaleão em que vivemos.
Não que sejamos covardes,
apenas nos camuflamos
com intuito de não sermos degredados.
Fugirmos de um padrão imposto,
é como não aceitar a cor ambiente.
Tornamo-nos frágeis e destrutíveis,
perante o devorador sistema.
11/83
Vagamos muito em busca da definição do ser,
mas a personalidade é algo,
que não encontra justificativa em fatos.
E a cada momento nos ocorre uma metamorfose forçada,
pois a vida exprime realidades,
que vão contra nossos conceitos.
Assim perambulamos maltrapilhos
de razões e ideais,
já corroídos pela sociedade camaleão em que vivemos.
Não que sejamos covardes,
apenas nos camuflamos
com intuito de não sermos degredados.
Fugirmos de um padrão imposto,
é como não aceitar a cor ambiente.
Tornamo-nos frágeis e destrutíveis,
perante o devorador sistema.
11/83
Eu e o social - Mecanicamente humano
Mecanicamente humano
Ouço o barulho infernal
componente básico desta vida agitada.
Máquinas urram em seu tilintar frenético,
a fúria contida em seu possuidor.
Trazem a paranóia
em sua simplicidade digitai
teclas expressam de forma mecânica,
sentimentos e belas emoções.
Homens anulam-se
perante este mundo de agitações,
ligadas a construção do nada existencial
Onde o vazio preenche
as lacunas do operante improdutivo.
10/83
Ouço o barulho infernal
componente básico desta vida agitada.
Máquinas urram em seu tilintar frenético,
a fúria contida em seu possuidor.
Trazem a paranóia
em sua simplicidade digitai
teclas expressam de forma mecânica,
sentimentos e belas emoções.
Homens anulam-se
perante este mundo de agitações,
ligadas a construção do nada existencial
Onde o vazio preenche
as lacunas do operante improdutivo.
10/83
Eu e o social - Lucidez ou existência
Lucidez ou existência
Só a lucidez explica a loucura.
Se és lúcido para enxergar as ruínas do mundo moderno,
desejas sofrer das faculdades mentais,
ou diria, viver das faculdades mentais.
Elaborando sua vida em um mundo
sem conflitos e conturbações sociais.
A inconstância de situações,
impostas a todos com amargo sabor de derrota
marginaliza-nos, para melhor digeri-la.
Existir em um mundo deste,
frusta todos os potenciais do indivíduo.
Se viver é tão contraditório no mundo atual,
nossa sociedade é uma fábrica de suicidas.
Como coexistir com estas imposições ?
Só com o poder dos opressores.
Não para ser um futuro carrasco,
mas para livrar-se das correntes sociais,
que aprissionam os mais belos sentimentos
Pois a liberdade conquistada,
incendeia o fogo da vida comum e normal.
08/83
Só a lucidez explica a loucura.
Se és lúcido para enxergar as ruínas do mundo moderno,
desejas sofrer das faculdades mentais,
ou diria, viver das faculdades mentais.
Elaborando sua vida em um mundo
sem conflitos e conturbações sociais.
A inconstância de situações,
impostas a todos com amargo sabor de derrota
marginaliza-nos, para melhor digeri-la.
Existir em um mundo deste,
frusta todos os potenciais do indivíduo.
Se viver é tão contraditório no mundo atual,
nossa sociedade é uma fábrica de suicidas.
Como coexistir com estas imposições ?
Só com o poder dos opressores.
Não para ser um futuro carrasco,
mas para livrar-se das correntes sociais,
que aprissionam os mais belos sentimentos
Pois a liberdade conquistada,
incendeia o fogo da vida comum e normal.
08/83
Eu e o social - Cegueira
Cegueira
Sê obscuro,
a liberdade também o é.
E só quando a tens por completo,
ela clareia a vida.
Procura teu facho,
ilumina este poço sombrio.
Não te acostumes às trevas,
pois elas serão teu próprio martírio.
Olha adiante,
segue sem receio.
Assim resplandecerá teu interior.
Não acendas o fósforo,
tens a tocha.
Ignora os contratempos
segue o que almejas com convicção.
No ponto centro está o brilho que procuras
Escolha a cor deste brilho,
sem que ele abale os teus dogmas.
Só assim enxergarás !
07/83
Sê obscuro,
a liberdade também o é.
E só quando a tens por completo,
ela clareia a vida.
Procura teu facho,
ilumina este poço sombrio.
Não te acostumes às trevas,
pois elas serão teu próprio martírio.
Olha adiante,
segue sem receio.
Assim resplandecerá teu interior.
Não acendas o fósforo,
tens a tocha.
Ignora os contratempos
segue o que almejas com convicção.
No ponto centro está o brilho que procuras
Escolha a cor deste brilho,
sem que ele abale os teus dogmas.
Só assim enxergarás !
07/83
Questionando - Propulsão
Propulsão
O inconformismo humano é algo surpreendente.
Talvez seja isto a mola propulsora
de todo avanço tecnológico.
Porém a situação de desordem social
em que encontra-se cada indivíduo,
é uma avaria no sistema propulsor.
Pois ele, engrenagem desta evolução,
vive desgastado, sem os devidos reparos.
E a deficiente manutenção,
feita pela chave administrativa,
sicroniza-o em uma inércia alienante,
aniquilando aos poucos o desenvolvimento.
Condenando-nos finalmente às trevas
06/83
O inconformismo humano é algo surpreendente.
Talvez seja isto a mola propulsora
de todo avanço tecnológico.
Porém a situação de desordem social
em que encontra-se cada indivíduo,
é uma avaria no sistema propulsor.
Pois ele, engrenagem desta evolução,
vive desgastado, sem os devidos reparos.
E a deficiente manutenção,
feita pela chave administrativa,
sicroniza-o em uma inércia alienante,
aniquilando aos poucos o desenvolvimento.
Condenando-nos finalmente às trevas
06/83
Questionando - Vida sol de brilho
Vida sol de brilho
Vida sol de brilho a deslizar,
Como águas de um riacho,
sem saber onde findar.
Findamento de vida,
como barreira
a querer lhe fechar
Tapa o sol com uma peneira,
sem seu brilho apagar.
Tenho em meu sol uma peneira,
que vive a me podar.
Mas não será por tu, peneira,
que o meu brilho irá cessar.
Pois lá no fundo tenho um riacho,
com meu sol a deslizar.
Mas que diacho de barreira,
não me deixa continuar.
Vida sol de brilho a deslizar,
Como águas de um riacho,
sem saber onde findar.
Findamento de vida,
como barreira
a querer lhe fechar
Tapa o sol com uma peneira,
sem seu brilho apagar.
Tenho em meu sol uma peneira,
que vive a me podar.
Mas não será por tu, peneira,
que o meu brilho irá cessar.
Pois lá no fundo tenho um riacho,
com meu sol a deslizar.
Mas que diacho de barreira,
não me deixa continuar.
Questionando - O mal imundo
O mal imundo
Dinheiro, este mal imundo,
no qual rasteja o homem,
como um moribundo.
Um moribundo permutável,
que vende, compra ou troca,
em uma barganha interminável.
Onde vende a alma,
O caráter e, até, a personalidade.
Sim, e é onde vivemos,
na mesma desumanidade.
Na qual o mais abonado
compra sua alforria,
Vivendo atrás do vil-metal,
usando de toda sua valentia.
E o pior que nem sempre com muita honestidade,
Mas o que importa é ouvir
O ser menor chamar isso de sociedade
1979
Dinheiro, este mal imundo,
no qual rasteja o homem,
como um moribundo.
Um moribundo permutável,
que vende, compra ou troca,
em uma barganha interminável.
Onde vende a alma,
O caráter e, até, a personalidade.
Sim, e é onde vivemos,
na mesma desumanidade.
Na qual o mais abonado
compra sua alforria,
Vivendo atrás do vil-metal,
usando de toda sua valentia.
E o pior que nem sempre com muita honestidade,
Mas o que importa é ouvir
O ser menor chamar isso de sociedade
1979
Questionando - Eleição ou desilusão
Eleição ou desilusão
Olha a inflação !
e outra vez sobe o preço do pão.
Isto é urna caristia !
e quem preocupa-se com a nossa economia.
Talvez os chefões que dizem ser da minoria,
pobres e humildes até o décimo quinto dia.
O subalterno termina sendo rei por um dia, é até ironia
De que vale esta triste alegria,
depois ele volta a sua monotonia,
e como sempre sem tanta regalia.
Mas nesta capa de humildade,
está igual a toda sociedade,
recheada de promessas,
e só promessas.
Como abaixo a inflação,
abaixo a fome,
teremos nova reclassificação.
Esta é a prece doentia
dos pastores da oposição
Nestas circunstâncias,
é melhor acreditar na renovação.
Esta é pior, pois na sua crença,
só sobe o de maior potência.
Ao término deste leilão,
o impotente ou o de baixo,
recebe como dadivas de sua nobre opinião,
por algums longos anos;
a humilação, o parasitismo
e a sua desilusão.
1978
Olha a inflação !
e outra vez sobe o preço do pão.
Isto é urna caristia !
e quem preocupa-se com a nossa economia.
Talvez os chefões que dizem ser da minoria,
pobres e humildes até o décimo quinto dia.
O subalterno termina sendo rei por um dia, é até ironia
De que vale esta triste alegria,
depois ele volta a sua monotonia,
e como sempre sem tanta regalia.
Mas nesta capa de humildade,
está igual a toda sociedade,
recheada de promessas,
e só promessas.
Como abaixo a inflação,
abaixo a fome,
teremos nova reclassificação.
Esta é a prece doentia
dos pastores da oposição
Nestas circunstâncias,
é melhor acreditar na renovação.
Esta é pior, pois na sua crença,
só sobe o de maior potência.
Ao término deste leilão,
o impotente ou o de baixo,
recebe como dadivas de sua nobre opinião,
por algums longos anos;
a humilação, o parasitismo
e a sua desilusão.
1978
Em tempos de ingênua infância - O mundo corre
O mundo corre
O mundo corre, corre e não pára,
Para pensar no que tem, no seu belo mundo.
Um mundo, de inventores e invenções,
de comunicadores e comunicações.
Pobre do homem,
Um objeto em seus objetos.
1976
O mundo corre, corre e não pára,
Para pensar no que tem, no seu belo mundo.
Um mundo, de inventores e invenções,
de comunicadores e comunicações.
Pobre do homem,
Um objeto em seus objetos.
1976
Em tempos de ingenua infância - Mensageiro do amor
Mensageiro do amor
Dentro das pétalas um mistério.
Mas veio um besouro,
que levou tudo muito a sério.
A flor com seu perfume atraente,
chamou o bichinho, que veio muito contente.
O inseto virou mensageiro do amor,
indo de planta em planta,
jogando o polém em cada flor.
1976
Ricardo D'Ávila
Dentro das pétalas um mistério.
Mas veio um besouro,
que levou tudo muito a sério.
A flor com seu perfume atraente,
chamou o bichinho, que veio muito contente.
O inseto virou mensageiro do amor,
indo de planta em planta,
jogando o polém em cada flor.
1976
Ricardo D'Ávila
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Sonho
O Sonho
O sonho é emprestar o olhar ao coração,
onde a visão embevecida de paixão
pulsa de forma a colorir as emoções
de uma realidade mágica
onde quadro e tela fundem-se com os desejos
do artista e da obra
Ricardo 25/06/05
Pendulo marcante
O Bom da vida,
Do acontecer
Do ser, renascer
Viver o tambor da emoção,
Do coração
No bate bate,
Que não dói,
Porque tudo que lhe cerca constrói
o que lhe custa e estima,
mas no tempo
Somos elos desse grande pendulo,
Que pulsa e empurra todos
Para frente, sempre
De um novo presente
E de cada futuro, desejado ou não,
Ações constroem,
Emoções esboçam
O quão frágil é o projeto
Do ser romântico,
Mas o resíduo da continuidade,
Paralisado no fórum das lembranças do tempo,
Supera o marco das dores.
Pulsar feliz é predestinação inquestionável
Do final do ser.
03/08/04
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Divindade... amor e utopia
Ele, o amor.
Amar é ver nas coisas do senhor a grande verdade da vida,
Pois ele é a grande verdade.
E só quando amamos,
Sabemos da sua existência.
Pois ele é real.
Tão grande que não cabe em um só peito,
É preciso compartilhar,
Pois ele é a grande união.
Ver nos olhos do outro
Toda a alegria do ser como criação,
E assim entender os desejos do criador,
Pois ele é vida.
Amar com todas as forças,
Para fazer acontecer e mudar,
Pois ele é a fonte dessa energia.
Sabendo que essa ação move o mundo,
E que isso acontece para sermos felizes.
Pois ele é felicidade plena.
Enxergar a beleza do mundo,
Não só no fascínio do homem,
Mas nos olhos do outro,
Pois ele é a visão correta de tudo.
Alegrar-se com o sorriso da criança,
Com o cantar dos pássaros,
Com o afago da mão querida,
E com todas as coisas que parecem pequenas,
Mas são grandiosas nas nossas vidas.
Pois ele é a construção do ser.
Amar a vida, amar a familia, amar o próximo,
Amar tudo que construa o amor-verdade.
Pois ele é o caminho.
Sentir que nesse partilhar com o outro,
Nada existirá sem ele,
Pois ele é o todo, ele é o amor.
Ricardo D`Ávila – outubro – 08/10/07
O amor é utopia!
Amor é utopia... e buscamos nele, a nossa ilusão...
Não sabemos o que é, porque precisamos sentir,
Não sabemos como sentir porque não acreditamos.
Amor é utopia... e como explicamos isso ao coração!
Não somos parte do mundo, nem parte de nós mesmos,
Não somos sequer a divina semelhança da criação.
Amor é utopia... e perdemos nele a razão!
Não sabemos definir entre o bem e o mal,
Não conhecemos no outro a maldade, só bondade.
Amor é utopia... e como explicamos isso à toda essa emoção!
Não encontramos respostas, só um grande e doce devaneio,
Não encontramos esteio, só uma grande interrogação.
Amor é utopia... onde o encontro é a própria perdição
Não buscamos ser o outro, mas misturam-se os desejos,
Não somos singular mas um plural em busca da satisfação.
Amor é utopia... jogue na fogueira esse herege sentimento!
Não sabemos porque no outro adoramos os mais singelos detalhes,
Não entendemos sequer como é alimentada toda essa louca paixão.
Amor é utopia... e negamos a sua existência!
Não teremos problemas, pois o inexplicável não precisa ser ou mesmo ter,
Não seremos... não queremos, não podemos ter com ele qualquer relação.
Ricardo D`Ávila
03/02/2010
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