terça-feira, 28 de junho de 2011

O gato e o skate

O gato e o skate


Ando pelas ruas,
Em toda velocidade.

As meninas admiradas,
Gritam por toda a cidade.

Esse garoto é um gato!
Não desses que bebe leite.

Pois elas realmente ficam loucas,
Quando ando de skate.

Ricardo D'Ávila
06.2010 (dedicado a Arthur D'Ávila)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Possibilidades


Possibilidades

Não podemos ser inteiros,
Quando dois... Temos sempre muitos.

Não podemos ter verdades,
Onde não existem sonhos.

Não podemos construir,
Sem estruturar hoje, o amanhã.

Não podemos ter amizade,
Onde não há empatia.

Não podemos ser parceiros,
Quando a lealdade não está presente.

Não podemos nos iludir,
Com o tempo de uma realidade obtusa.

Não podemos nos associar,
Com falsas promessas de participação.

Não podemos nos emocionar,
Sem o verdadeiro pulsar do coração.

Não podemos ser alegres,
Para uma tristeza maquiada e travestida.

Não podemos acreditar,
Nas inverdades vendidas como  reais.

Não podemos sucumbir,
Nessa completa traição dos nossos maiores valores.

Não podemos completar,
O que não deseja ser parte de um inteiro maior.

Porém, também não podemos viver divididos,
Pois a vida é a totalidade das pequenas frações.

Diante de tantas impossibilidades,
Pedaços colados caleidoscopicamente.

Erguem-se em uma visão singular e exclusiva
Onde o poder do tamanho, perde o seu significado.

Resultante dos fragmentos vividos.
Regozijo maior diante da grandiosidade de ser.

Ser possível, impossível, semelhança e imagem da força maior
Onde para ele tudo é poder.

Ricardo D’Ávila
27.06.11

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Matemática das emoções

Matemática das emoções

Relação, fisicamente, estabelecida como duas paralelas,
Que não se encontram, já que o infinito dos sonhos,
 Foi aniquilado pelo pragmatismo do hoje.

Equação negativa sem mérito de representação,
Em meio a questões qualitativas  e outras quantitativas.
Onde os valores permutados, ou esquecidos,
Resultam em um vazio de um conjunto preterido.

Esta percepção matemática, dita apreciadora do conhecimento,
Desconhece o outro, e a necessária formula empática de fazer valer as emoções.
Calorosas verdades, construídas de forma algorítmica pela noção do romance, subtraídas friamente em nome de uma racionalidade pratica.

Busca-se o “x” desta loucura polinomial, onde números nunca inteiros, perdidos e reais,
Sofrem nessa análise complexa, de ser parte excluída de um conjunto meramente unitário.
Onde o vazio resultante desta operação, é percebido em meio à esperança desprezada.

Perde-se, as melhores emoções, no espaço aritmético criado por “um tempo”,
Teorema transfinito de uma resposta já conhecida,
não tabuladas como diferencial, ângulos complementares de uma tão desejada geometria.

A lógica apresentada pauta-se nas probabilidades e uma estatística inadequada
Para as frações mais que perfeitas das interações humanas.
A relatividade coexiste com a dureza fatorial desta análise,
Gerando o caos necessário para uma nova ordem.

Parte dela sem o perfeito vetor da valoração da vida e do outro,
Construída na indiferença funcional da existência sem o amor.

Elemento tão importante quanto necessário, para a continuidade e sanidade do ser,
Completo, complexo, quântico e sempre apaixonado por pontos...
Por vezes fractais, mas homeomorfos no plano do crescimento humano.

Somos todos partes e elementos na vida do outro,
Integral maior, sem limites ou barreiras para a continuidade e existencia.
Derivando em nulo os problemas meramente conceituais.

22 de junho de 2011
Ricardo D’Ávila