É tarde... É tarde... É tarde Alice!
Há pessoas que vivem uma mentira
Como se fosse uma verdade,
Pois de tanto mentir, perdem a noção
Do limite entre o real e irreal.
E perdidas colocam o outro em sua fantasia.
Como personagens mal regidas,
Vivenciam a atrapalhada Alice,
Entre caminhos que não chegam a lugar algum,
Nesta vida de pisada frenética, não constroem relacionamentos no caminho.
Acordam sozinhas deste sonho infernal,
Ainda assustadas, ouvem gritos da rainha de copas,
A pedir-lhes a cabeça, consumindo o pouco
De lucidez que lhes resta.
Fogem de seus pesadelos e replicam
Essa fuga no existir para o outro,
Colocando o primeiro chapéu que lhes cabe,
Disfarçando a sua inaptidão para o legitimo e adequado.
Pois ninguém sabe o que se passa
Em suas cabeças de magnitude surreal.
E como o coelho, de pinote,
Devemos sair correndo deste sonho insano, e gritando.
É tarde, é tarde, é tarde!
É tarde até que arde!
Ai, ai meu Deus! Até, Adeus!
É tarde, é tarde, É tarde!
Ricardo D Avila 14/09/11